terça-feira, 25 de janeiro de 2011



Bandolins
Oswaldo Montenegro

Como fosse um par que nessa valsa triste 
Se desenvolvesse ao som dos bandolins
E como não e por que não dizer

Que o mundo respirava mais se ela apertava assim
Seu colo e como se não fosse um tempo

em que já fosse impróprio se dançar assim
Ela teimou e enfrentou o mundo
Se rodopiando ao som dos bandolins


Como fosse um lar, seu corpo a valsa triste iluminava

e a noite caminhava assim

E como um par o vento e a madrugada iluminavam

A fada do meu botequim

Valsando como valsa uma criança

Que entra na roda, a noite tá no fim
Ela valsando só na madrugada
Se julgando amada ao som dos bandolins


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