domingo, 24 de outubro de 2010

Honesta e sinceramente não sei se a minha passagem por essa estação terá algum dia algum fruto aproveitável. Eu tento, juro que tento, fazer de minha vida algo, ao menos, presentemente útil, e nem isso consigo fazer. Procuro inteligir, procuro entender, procuro expressar e de mim nada sai além de meros pensamentos já pensados e, posso te dizer com absoluta certeza, errados.

“Por que continuar?” é a pergunta que me assombra desde a meninice que foi, obviamente, nada produtiva assim como não sou, e que provavelmente não serei. Perco-me nas respostas possíveis por não saber explicá-las, mas me atrevo a tentar mais uma vez. As sensações boas são ótimas e sempre passageiras e é uma delas que, eu acho, explica o meu continuar.

O alívio me fascina. É libido. Quem dera eu se pudesse viver de alívio, me alimentar destes prazeres libertadores. Mas não posso, ninguém pode. Alguns se libertam vendo, outros escrevendo, alguns fazendo cálculos, outros cantando e assim vai indo. Tento me libertar pensando.

Penso, penso muito, penso errado. É irritante, e isso me desanima. Errar é humano. Errar duas vezes é burrice. Sinto-me como um burro que a cada erro racional, erra mais. E é entre toda essa irracionalidade que meu desespero cresce.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010


Breakaway   
Kelly Clarkson

Grew up in a small town
And when the rain would fall down
I'd just stare out my window
Dreamin' of what could be
And if I'd end up happy
I would pray

Trying hard to reach out
But, when I tried to speak out
Felt like no one could hear me
Wanted to belong here
But something felt so wrong here
So I'd pray
I could break away

I'll spread my wings and I'll learn how to fly
I'll do what it takes till I touch the sky
And I'll make a wish, take a chance, make a change
And break away
Out of the darkness and into the sun
But, I won't forget all the ones that I love
I'll take a risk, take a chance, make a change
And break away
...

Feliz aniversário... 
Nunca gostei desse dia, é sempre um dia chuvoso, com um aspecto triste...
e, ao fim do dia, é sempre a pior parte, é quando vc faz um balanço de quem ligou pra vc, quem lembrou de vc, quem se importa com vc...
e aí vc se vê machucado pq pessoas q vc ama e de quem vc lembra-se sempre, todos os dias, não se lembraram de vc num dia q teoricamente é dedicado a vc!  E vc se surpreende tbm com ligações de pessoas que vc nem imaginava...
É incrível como uma coisa tão pequena tem um significado tão grande pra mim... e ngm sabe nem precisa saber disso... eu estou sempre me esbarrando na distração das pessoas, criando expectativas, me decepcionando, criando outras, esperando sempre mais doq há para mim, doq as pessoas podem me oferecer... não é culpa delas, talvez minha, talvez nem minha... enfim, isso é um abismo, do tipo que vc se joga sem perceber, se entrega, e até gosta, mas vai cair e vai ver o quão horrível é amar essa sensação de cair... amar... amar é sempre um risco, é sempre uma chance que vc dá a dor de perder ou de não ser correspondido... ou talvez até seja correspondido, mas em medidas diferentes, oq já desequilibra tudo, e fica tudo tão... bagunçado, confuso, triste... 
Uma vez eu li um texto do Shakespeare que dizia que amar não significa apoiar-se, e que se uma pessoa não o ama do jeito q vc quer não significa q essa pessoa não o ame com tudo oq ela pode... Mas é q é tão difícil entender que sempre vai haver um lado com uma demanda maior de amor, de afeto... isso é errado! É como se estivéssemos em degraus diferentes, compartilhando o mesmo sentimento, os mesmos momentos, mas tudo de uma maneira tão diferente, numa intensidade tão diferente...
Eu quero sim poder apoiar-me, eu preciso disso! Eu quero que as pessoas me notem, percebam do que eu preciso, percebam a minha demanda de afeto, e o principal, que correspondam! Eu sei que isso é impossível, na medida que cada um é um, único, ímpar, e ngm é obrigado, na sua singularidade, entender ou adivinhar qual a minha expectativa, e eu não devia me magoar, nem achar q as pessoas são insensíveis ou não se importam cmgo, mas... fale isso pro coração, parece q ele tem andado meio surdo!
Faz 20 anos agora... parece pouco mas já foi muita coisa vivida, sentida com toda a intensidade possível, como se tirassem a proteção e ainda colocassem uma lente de aumento, é mais ou menos assim q sinto as coisas... cmo se faltasse uma casca e meus olhos vissem tudo maior... tem tanta coisa viva aki dentro ainda, lembranças da infância que nem está tão longe, lembranças de uma adolescência que foi ontem mas parece fazer 30 anos, pois eh uma época que apesar de próxima, me parece muito distante... de tal forma que sou capaz de dizer que me arrependo por tê-la deixado passar da forma que passou, me arrependo de não te-la vivido cmo deveria, me arrependo de não ter visto beleza onde havia tanta beleza, saudade dos amigos que não tinha, das festas que perdi, da imagem no espelho que eu nunca consegui ver e ainda não consigo, é cmo se nunca tivesse me reconhecido... Sempre foram tantas preocupações, tantas responsabilidades, tantas exigências... passou, não volta mais! Ainda há tempo de recuperar? NÃO! Eu nunca mais vou ter 15 anos, o tempo não volta atrás, por mais q eu faça tudo diferente agora, vai ser daki de onde estou para a frente, nunca vai ser a mesma coisa, tempo perdido é sempre tempo perdido! Se eu pudesse fazer TUDO diferente, eu o faria, só pra ter a chance de não sentir a angústia q eu sinto de ver minha vida escorregando por entre meus dedos e eu não poder contê-la.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ansiedade...

domingo, 17 de outubro de 2010

O problema não é OUT... é IN!

Eu estive enganada, eu não preciso pôr pra fora, não há oq pôr pra fora a não ser aquilo que desesperadamente enfiei aki dentro numa tentativa de escapar do vazio...
Vc não precisa me entender, apenas me ouça! Por favor me ouça!
O problema é o vazio, é a ausência, eu preciso olhar pra dentro, sentir q há algo lá, me sentir e entender oq falta, o problema é a falta, doq eu ainda não sei... 
Estou presa nessa dinâmica: falta-preenchimento irracional-culpa-colocar pra fora-vazio! Poderia completar com mais uma palavra: incompreensão! É tudo oq sobra!
Dentro/fora e um corpo estranho no meio... e é ele que aguenta as consequências dessa dinâmica psíquica insana! Má constituição do ego? Complexo da castração? Que teorias mais podem explicar? No fundo nenhuma explica nada!
Dizem q a gente só começa a mudar qnd chega ao limite. Ok, aki estou eu, parei no limite, não vou nem além, não recuo, não me movo! Sinto amarrada, mãos e pés! 
Dizem q qnd vc entende o porquê, a causa, vc muda o comportamento. Eu já entendi, e oq eu faço com isso? Muita coisa está mais clara pra mim, mas nada mudou, nem parece que vai mudar, não consigo sair de onde vim parar...  
Está sempre faltando alguma coisa...





sábado, 16 de outubro de 2010

Rockstars - Nickelback


It's like the bottom of the ninth

And I'm never gonna win


This life hasn't turned out


Quite the way I want it to be

I'll need a credit card that's got no limit
I'm gonna trade this life for fortune and fame

I'd even cut my hair and change my name


Cause we all just wanna be big rockstars

And live in hilltop houses driving fifteen cars


The girls come easy and the drugs come cheap


We'll all stay skinny 'cause we just won't eat


And we'll hang out in the coolest bars


They'll get you anything with that evil smile

Everybody's got a drug dealer on speed dial



I'm gonna sing those songs

That offend the censors


Gonna pop my pills from a pez dispenser



I'll get washed-up singers writing all my songs


Lip sync em every night so I don't get 'em wrong



We'll all stay skinny 'cause we just won't eat...

http://www.vagalume.com.br/nickelback/rockstar-traducao.html#ixzz12XYWp5CP






quarta-feira, 13 de outubro de 2010


Eu tenho tanto medo do julgamento das pessoas, eu sei q elas estão sempre atentas a qlqr falha para virem logo lançando críticas... mtos dizem q não se importam, mas eu confesso, pra mim, o olhar do outro e a aprovação do outro faz toda a diferença, é a minha insegurança falando baixo no meu ouvido... eu sempre tive tnto medo de nao ser boa o suficiente pra gostarem de mim... eu sou severa comigo msma, eu não admito erros! Meus pais... cada vez q vou pra casa é uma vistoria: "ta gorda! emagreceu! ta magra, mas da última vez q te vi vc tava mais! vc ta se alimentando bem? Ta seguindo direito a dieta??"  eu sinto medo doq vou ouvir... e assim são as pessoas com quem me relaciono, prestando atenção a cada detalhe elas se esquecem do todo: de mim!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

 Retrato - Cecília Meireles

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?"

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Clarisse - Legião Urbana
 
Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém me entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe p'rá mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar p'rá casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
De que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo resistir
E vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem quatorze anos...