sexta-feira, 9 de setembro de 2016

"You carry away with you a part of me reflected in you. When your beauty struck me, it dissolved me. Deep down, I am not different from you. I dreamed you, I wished for your existence. I see in you that part of me which is you. I surrender my sincerity because if I love you it means we share the same fantasies, we share the same madness." (Anaïs Nin)
"Sei que a mudez, se não diz nada, pelo menos não mente, enquanto as palavras dizem o que não quero dizer." C. Lispector, em seu texto "Persona".

sexta-feira, 15 de abril de 2016

            Lago di Garda - Sirmione (IT)                                                       

"Em meus relacionamentos com as pessoas, descobri que não me ajuda, no longo prazo, agir como se fosse alguém que não sou (...) Não me ajuda agir de uma forma calma e agradável quando estou, na verdade, zangado e taxativo. Não me ajuda agir como se fosse tolerante quando de fato sinto que deveria estabelecer limites (...) Não me ajuda agir como se aceitasse os comportamentos de uma outra pessoa quando por dentro eu sinto repulsa." Rogers, 1995. 

domingo, 31 de janeiro de 2016


Tô de boa
Não vai ser tão fácil assim
eu não vou correr de mim
Tô de boa, eu me aceito
eu mereço algum respeito
Te incomodo? Paciência
chega dessa insistência
Seu padrão não me interessa
tô de boa, eu saí dessa.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Cordilheira dos Atlas, Marrocos.              

Acho que o maior, ou um dos maiores aprendizados de quem mora fora é o desapego das relações, seja ela amorosa, entre amigos, etc. Eu já fui carente demais, apegada demais, ciumenta demais, dramática demais. Eu já tive ciúmes de namorado, de mãe, de prima, e amigos, principalmente de amigos. Eu já chorei por me sentir excluída, esquecida, abandonada. Em quase cem por cento dos meus dias eu estava tentando burlar o sentimento de abandono, negociando comigo mesma e tentando me convencer de que era coisa da minha cabeça, que as pessoas andavam ocupadas demais, que não era descaso. Talvez não fosse, talvez fosse, eu nunca iria saber. Eu só precisava de 1 motivo, uma razão qualquer para acalmar minha alma e me certificar de que sim, eu era amada. É isso que todo mundo busca afinal, não é? Se sentir amado e se amar? De qualquer maneira o bom da vida é que coisas acontecem e a gente pode mudar! Morar em outro país, mesmo que por pouco tempo, te faz mais forte, mais segura, e você abstrai, você entende que o jogo da vida é assim mesmo, algumas peças saem da jogada, outras ficam, outras entram, nenhuma rodada é igual a outra. Não morro de saudades por quem deixei lá fora assim como não morri de saudades de quem estava aqui. Fico bem viva pra aproveitar o momento e aceitá-lo com tranquilidade. Não lamento. E principalmente, deixei de lamentar as perdas para apreciar os ganhos.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Nunca fui de ter laços fortes com os outros. Nunca consegui.
A minha melhor amiga do intercâmbio é italiana e em menos de 1 mês não nos veremos mais.
O que ela diz a respeito: "Quando vc for embora eu fico amiga de outra intercambista."
Eu acho engraçado. Ela é fria igual uma pedra (ela mesma que diz) e a gente se dá super bem (talvez por isso).
Eu passo pelas pessoas, elas passam por mim, restam boas recordações. E fim, sou assim.
Tem dias que isso dói, tem dias que prefiro assim, tem dias que me arrependo de ter me esforçado em vão para fortalecer um laço, tem dias que me arrependo de não ter me esforçado um pouco mais.
Coisa estranha essa de ser gente entre tanta gente, dá trabalho pra daná!
Nenhum homem é uma ilha, dizia o poeta. Será?
Cesena (Italia), 25/06/15.
Eu admito, sinto uma euforia. Muita novidade pra pouco tempo de assimilar.
Muitos sentimentos tentando achar os seus exatos lugares no tempo/espaço para se fixarem. Muito a ser pensado, muito a ser conversado, muito a ser pacientemente compreendido, muito ainda a ser descoberto. Tem sentimento que eu sinto por antecipação, que nem tem causa ainda, que eu nem sei o que fazer com ele. Tem sentimento, de sobra.
Eu sei, o que eu digo nem sempre faz sentido. Pouca coisa o faz, na verdade.
Devo lembrar de deixar de me angustiar diante do sem sentido. Como me foi dito em sonho, acredite, eu sonhei com isso: "se tentamos recobrir de sentido aquilo que fundamentalmente não o tem, corremos o risco de dividir e desajustar o sujeito".
Oi, eu sou um sujeito desajustado e eu vou sempre correr atrás do sentido das coisas como se houvesse uma caixa com todos eles guardados ou como se eles estivessem nessas gavetas de metal das repartições públicas. O sentido é publico? É privado? Acho que é privado, mas eu procuro como se fosse público, como se todo mundo do mundo soubesse de tudo, conhecesse todos os sentidos, menos eu.
Ao menos é divertido.
12/12/14