terça-feira, 9 de novembro de 2010


Sentindo-me de novo no meio da bola de neve, presa, sufocada... sabe qnd vc foge de um lugar por nao aguentar mais as pressões e aí vc só quer um cantinho, ficar quieta, quer ser acolhida... mas imagina se qnd vc chega nesse lugar vc não encontra o acolhimento que vc esperava, pelo contrário, encontra as mesmas coisas que te fizeram fugir do lugar onde vc estava antes... aí vc se sente sem lugar no mundo, como se vc nao coubesse em lugar nenhum, mas volto a dizer, o problema não eh geográfico, está aki dentro. Um desamparo gigante, uma vontade de fugir sem ter pra onde, uma vontade de dormir pra não ter q ouvir mais ninguém falando na sua cabeça, mas acontece q todas as vozes q falam partem do mesmo eixo: de dentro da sua própria cabeça... cada um tem seu tempo, tem seu limite, e eu to empurrando as cercas pro quintal do vizinho, empurrando o meu limite pra adequá-lo ao limite do outro, pra caminhar no tempo do outro, pra conseguir corresponder às expectativas e não falhar... eu preciso parar, ser mais honesta cmgo msma, me respeitar mais... todo mundo fala: chora, vai fazer bem... Eu sei como é chorar, sentir, chorar, até dormir... mas no outro dia qnd acordo a sensação é a mesma, não mudou nada, é só mais um dia e eu não quero passar por ele... pelo menos para esse intervalo de tempo entre dormir e acordar, chorar foi sim um bom remédio...mas eu acordei e não gostei do que vi, a imagem no espelho, o rosto marcado das lágrimas do dia anterior, o dia sempre nublado, o cheiro e a textura da angústia crônica no ar...

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