segunda-feira, 17 de maio de 2010

Notícia quentinha do "Jornal de Ontem"

(João Carlos Salles)
DO CAROÇO DE AZEITONA

Em três tentativas, quantas eu acerto o caroço de azeitona no copo?
Fiz o teste.
Nenhuma.
Tentei novamente.
Em quatro tentativas, acertei o copo uma vez.
Se, em quatro chances eu acerto uma, quantas eu acertarei em seis?
Arrisquei a quinta e errei.
A sexta caiu dentro.
Como pode em três cair nenhum e em seis cair dois caroços e eu falar em proporção?
Conclusão um: eventos são aleatórios e os fatores não seguem uma lógica de proporcionalidade.
Enfiemos a regra de três!
Pergunta um: se eu tivesse infinitas chances, quantas vezes eu acertaria?
Resposta: infinitas vezes.
Oras, no caso, eu posso errar milhões de tacadas seguidas e acertar uma que, mesmo assim, se continuar jogando infinitamente, acertarei de tempos em tempos pela eternidade. Ou seja, infinitas chances confirmam infinitos acertos de infinitas formas distintas infinitas vezes.

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