domingo, 11 de setembro de 2011


Eu não consigo entender por que,  num dado espaço de tempo, parecemos não falar a mesma língua. 
Não nos reconhecemos mais pelo olhar, não lembramos mais quem somos, quem fomos, quem éramos... 
Tudo o que era comunicação virou desentendimento. 
As flores secaram. A seiva não corre mais como o sangue parece ter parado de correr em minhas veias. 
Os livros estão empoeirando na estante. Perderam a graça.
Aquela caneta, em cima da mesa, costumava escrever palavras doces, cartas, um nome repetidas vezes...
Sinto uma coisa aqui dentro que parece querer explodir a qualquer momento, estraçalhar meu corpo por inteiro, de uma só vez, sendo impossível  juntar os cacos, costurar as partes... Não sei dar nome, não existe palavra que simbolize isso. Mas precisa passar, e rápido, porque já está deixando marcas, causando danos, machucando, machucando... 

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