Passar a tarde toda deitada ao lado da pessoa que você ama, ouvindo ela falar bobagens ou divagar sobre assuntos mais ou menos sérios.
Encostar a cabeça em seu peito, receber um cafuné, uma canção boba ao pé do ouvido.
Sentir seu rosto queimando de desejo.
Sentir seu rosto queimando de desejo.
Entregar meu corpo na leveza do seu ser.
Acomodar-me e me esquecer, deitada sobre a opulência do seu corpo, sobre a textura quente da sua pele.
É essa a paz que eu sempre desejei, é essa a tranquilidade pela qual eu tanto esperava.
O sorriso surge de leve no canto da boca.
Eu esqueço completamente de mim e desejo mais que tudo fazê-lo feliz.
Admito que amo desajeitada
e que tenho medo de cair nas mesmas armadilhas de antes,
montadas por mim mesma, na brincadeira de amar desregradamente.
Mas agora amo amadurecida e vou cuidar desse amor.
Excesso inábil de amor, que de tanto, transborda.
Tudo o que eu peço é que não tenha medo, porque eu mesma tentarei não ter.
Aceito minha condição de amar tão abruptamente, permito-me.
Não sinta medo e receba meu amor, por favor, aceite-o.
Como dizia Lacan, amar é dar aquilo que não se tem.
Eu não tenho esse amor que te dou, e mesmo assim, amo.
Deve ser muito bom sentir essa sensação de ser amado, investido libidinalmente, diriam os psicanalistas...
Eu quero um dia poder sentir isso também ...
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